O mês de maio é dedicado à Campanha Maio Roxo — mês de conscientização sobre doenças inflamatórias intestinais (DIIs), celebrada mundialmente e, no Brasil, desde 2010, por iniciativa da SBCP — Sociedade Brasileira de Coloproctologia. No dia 19 de maio, é comemorado o Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal (DII). O principal objetivo da campanha é aumentar a conscientização sobre as DIIs, seus sinais e sintomas, os tratamentos disponíveis e melhorar a qualidade de vida dos portadores dessas doenças, que podem ser facilmente confundidas com outras condições, tornando seu diagnóstico tardio.
Além da conscientização, a campanha Maio Roxo visa apoiar a arrecadação de recursos para programas de pesquisa e tratamento das DIIs. A falta de informação sobre essas doenças ainda afeta tanto os portadores quanto profissionais de saúde, reforçando a importância da campanha.
As principais doenças inflamatórias intestinais são a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa, consideradas doenças autoimunes, pois o sistema imunológico do corpo ataca seus próprios tecidos. Porém, ambas diferem tanto nos sintomas quanto no tratamento e na área atingida: enquanto a Retocolite Ulcerativa afeta o intestino grosso, a Doença de Crohn pode acometer qualquer porção do trato gastrointestinal — da boca até o ânus.
Fique atento aos sinais!
Desconforto abdominal, diarreia crônica, sangue nas fezes, fadiga constante, sensação de barriga inchada, dor, cólicas, alternância entre diarreia e prisão de ventre, sensação recorrente de evacuação incompleta, febre ou emagrecimento podem ser sinais das doenças inflamatórias intestinais. Procure orientação médica ao notar qualquer um desses sintomas de forma persistente.
As causas das DIIs são multifatoriais e interagem entre si, incluindo fatores genéticos, alterações na microbiota intestinal, na permeabilidade do intestino e uma resposta imunológica anormal dos indivíduos que desenvolvem a doença.
Embora não tenham cura, os tratamentos das DIIs visam aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Eles são personalizados caso a caso. Mudanças na alimentação e no estilo de vida são essenciais e colaboram para a eficácia do tratamento medicamentoso.